Saturday, February 27, 2010

Precisão suíça


Pedindo um lanche na padaria:


- Por favor, um bauru e um suco de laranja. Um não, dois... Qual o tamanho do suco?

- São trezentos e quatro ml.

Penso ter ouvido 304. Duvido. Deve ser 340, ou 400.

- Você disse quanto?

- O copo tem 304 ml, senhor.

- Hmm.... 300 então - arredondo, em desafio.

- É... - e fez cara de contrariado, ou decepcionado. Não sei bem precisar.



E olha que nem veio cheio até a boca.

Monday, February 22, 2010

No Tênis Clube

Visita ao clube, intenção de adquirir um título (preço promocional, não estou podendo tanto). O interesse, para mim, não poderia ser outro: jogar tênis. Conheço as quadras, cinco, de saibro. Em bom estado, aparentemente, conquanto encharcadas. Como bom nerd, ainda que em fase de recuperação, peço para conhecer a sala de leitura. Com as chuvas que desabam em São Paulo religiosamente na hora em que deixo o serviço, é bem provável que eu passe boas horas naquele recinto, imagino. “A sala de leitura fica na biblioteca, é por aqui. Um lugar muito tranquilo”. A biblioteca, logo vi, não tem livros, mas troféus, em armários com janelas de vidro. Essa não foi, porém, a maior surpresa. Havia, na sala de leitura, uma horda de pré-adolescentes, meninos e meninas correndo descalços sobre o sofá, atirando almofadas, aos gritos. Um grupinho, um pouco mais velho e um pouco mais ao fundo, joga truco animadamente. Nada contra. Mas na sala de leitura?! RS O rapaz do clube constata, constrangido: “É, hoje não está muito tranqüilo, como podemos ver.” De fato.

Saturday, February 20, 2010

Aí sim

Via de regra só posto produções próprias por aqui, mas esse vídeo vale a pena ser assistido:

Thursday, February 18, 2010

Porta automática


19 horas, chuva torrencial na Paulista. Sem guarda-chuva, procuro refúgio no interior do Banco Real. As cadeiras são estofadas, confortáveis, e o teto de vidro permite que se acompanhe a evolução da chuva. Os minutos vão se passando e os funcionários começam a deixar o banco, de volta para casa. De súbito, para minha surpresa, a porta da frente (dessas iguais às lojas de comércio) começa a descer automaticamente, comigo do lado de dentro. É a hora da dúvida. Devo correr, jogar a mochila, atingir a rua e pegar o chapéu de volta antes que a porta desça por completo, no melhor estilo Indiana Jones? Sim, porque se fosse um funcionário do banco o responsável por tudo aquilo eu poderia argumentar para que esperasse por mim. Diante da máquina não há o que negociar. Olhei em volta, havia mais 3 funcionários ainda do lado de dentro. Ponderei que era preferível manter a compostura e permaneci sentado. A porta parou, descendo até a metade, apenas. Não passara de um aviso de que o expediente estava por terminar. É, não foi dessa vez que pude por à prova minhas habilidades de fuga.

Wednesday, February 10, 2010

Na Pamplona

Essa semana, num trecho tranquilo de uma das mais movimentadas ruas da região da Paulista. Um casal, ele ao encontro dela. No caminho, desfila por entre eles uma garota de parar o trânsito. Ele não se contém, pára, torce o pescoço. Só falta assobiar, ou fazer um gracejo qualquer. À distância, antevejo a reação furiosa da namorada. Que nada... Tão logo ele se aproxima, é recepcionado carinhosamente. Olhando para a rival, ela ainda dispara: "Isso é tudo banha". Compreensiva, não?